A Matéria do jornal Hoje em Dia aprofunda a análise da crise econômica e as consequências para o mercado de trabalho, com destaque para as Negociações Coletivas ocorridas em 2016 que pactuaram cláusula de redução de jornada de trabalho e salários.
Cita também levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) mostrando que mais de um terço das negociações salariais realizadas em julho, no Brasil, resultou em reajustes salariais abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.
Outro fator que contribuiu para o aumento no nível de endividamento dos trabalhadores são os atrasos de pagamentos pelas empresas.
Levantamento realizado pela Recovery, empresa especializada em gestão e administração de créditos em atraso, aponta que, no primeiro semestre deste ano, o desemprego e o atraso de salários foram as causas de 49% dos endividamentos dos consumidores. Nos seis primeiros meses de 2015, o principal fator era o descontrole financeiro que sozinho respondia por 66% do total.
Para o coordenador do curso de Economia do Ibmec, Márcio Salvato, o fundo do poço no mercado de trabalho ainda não chegou. “No ano passado, o PIB fechou em queda de 3,5%. Somada à retração que se espera para este ano, o país vai terá um acumulado de quase 7% negativo. E mesmo que a economia pare de encolher, abre a perspectiva de emprego. Então mais gente volta a procurar vaga, engrossando a fila do desemprego”.
Fonte: http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/redu%C3%A7%C3%A3o-da-jornada-de-trabalho-e-atraso-nos-pagamentos-engrossam-endividamento-1.409012